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Têxteis conseguiram em 2021 o melhor ano de sempre nas exportações

A indústria têxtil portuguesa fechou 2021 com exportações de 5,42 mil milhões de euros. É um novo recorde da fileira nas vendas ao exterior.

A indústria têxtil e do vestuário confirmou a previsão feita em janeiro e fechou 2021 com 5,419 mil milhões de euros nas exportações, o que representa um crescimento de 4% face a 2019 e passa a ser um recorde histórico para o sector. Na comparação com 2020, o salto é de 16,5%, sublinha a ATP em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Espanha continua a liderar a tabela dos principais destinos, mas foi o país que sofreu a maior quebra, com uma derrapagem de 220 milhões de euros, ou 14%. Em 2019, o vizinho ibérico tinha uma quota de 31% nas exportações lusas e agora está nos 25%.

Em contrapartida, “França reforçou o segundo lugar do ranking em termos de destinos, tendo sido o que assinalou maior acréscimo, em termos absolutos, com um aumento de 119 milhões de euros (mais 18% face a 2020 e mais 17,8% comparativamente a 2019), representando agora uma quota de 15% do total das exportações de têxteis e vestuário”, sublinha o presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado.

Os EUA são outro destino em destaque por serem o país não comunitário que mais cresceu (31,5%), passando a representar 8% do total das exportações do setor, com 447 milhões de euros. No ranking dos maiores clientes de Portugal, o mercado norte-americano fica, agora, em quarto lugar, atrás de Espanha, França e Alemanha, com compras no valor de 465 milhões de euros (+3,5%)

Os números da ATP mostram que o principal contributo para este recorde veio do vestuário em malha e dos têxteis para o lar.

O vestuário em malha exportou 2.336 milhões de euros, mais 9% ou 193 milhões de euros face a 2019 e mais 26,9% que em 2020, numa evolução também explicada pela pandemia e pelo aumento da procura de vestuário confortável, enquanto os têxteis para o lar exportaram 763 milhões de euros, mais 17% ou 112 milhões de euros na comparação com o período pré-pandemia e mais 3,5% que em 2020, em que já tinham beneficiado do crescimento de consumo de artigos para casa.

Já o vestuário em tecido “não conseguiu recuperar dos efeitos da pandemia, tendo exportado 796 milhões de euros, menos 189 milhões de euros do que em 2019, o que significa uma quebra de 19%”, destaca Mário Jorge Machado, indicando que na comparação com 2020 a queda é de 7,2%.

A balança comercial do setor em 2021 teve um saldo 1168 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 127%.


Fonte:

Expresso | 16:26 9 Fevereiro, 2022 | Margarida Cardoso

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